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segunda-feira, 2 de abril de 2012

TEXTOS E HISTÓRIAS II

Texto:

O patinho que queria falar
(Rubem Alves)

Era uma vez um lindo patinho amarelo.
Um dia ele saiu de casa bem cedinho e foi passear na estrada.
A manhã estava clara, o céu azul e havia muitos animaizinhos passeando.
Não tinha ainda dado muitos passos e viu um gato engraçadinho.
O gato que era muito bem educado cumprimentou-o assim:
- Miau, miau!
O patinho ficou encantado e disse:
- Oh! Que modo bonito de falar você tem Senhor Gatinho. Quem me dera falar assim!
- É muito fácil, patinho, respondeu o gato. Vamos experimentar?
O patinho experimentou dizer "miau". Não conseguiu. Experimentou de novo, experimentou muitas vezes! Foi impossível! Então falou:
- É muito difícil, Senhor Gatinho! Isso não é conversa para patinhos!
Despediu-se do gato e continuou a passear.
Foi andando, andando e encontrou-se com Dona Galinha Carijó.
- Có, có, có, disse Dona galinha.
O patinho ficou encantado:
- Oh! Que modo bonito de falar a senhora tem, Dona Galinha! Quem me dera falar assim!
- Experimente falar assim, patinho.
O patinho tentou imitar Dona Galinha. Fez tudo que pôde e nada conseguiu. Depois de algum tempo, já bem desanimado, falou:
- Muito obrigado pela ajuda, Dona galinha, mas isto é muito difícil para patinhos.
Despediu-se de Dona Galinha e continuou o seu caminho.
Andou, andou e entrou na mata. De repente, ouviu a voz mais linda do mundo:
- Piu, piu, piu!...
O patinho ficou encantado! Olhou para cima e lá estava, no galho da árvore,
um lindo passarinho de penas coloridas.
- Que modo de falar bonito você tem, passarinho! Quem me dera falar assim!
- Experimente patinho! Experimente falar assim!O patinho abriu o bico. Fez tudo que pôde para dizer "piu, piu, piu!". Foi impossível. Já estava desanimado. Despediu-se e voltou triste para casa.
No meio do caminho encontrou Dona Pata.
- Quá, quá, quá, disse a pata.
-Oh! Mamãe, disse o patinho será que posso falar como a senhora?
- Experimente filhinho, experimente...
O patinho abriu o bico.
-Que vontade de falar como a mamãe!
E se não conseguisse?... Não falou como gato, nem como galinha, nem como passarinho. Será que poderia falar como pato? Fez um esforço, e...
- Quá, quá, quá... - Muito bem, filhinho! Disse-lhe a mamã pata, toda feliz. O Patinho ficou alegre, muito alegre. Depois, juntinho com a mamãe, voltou para casa e a todo instante, abria o bico para dizer mais uma vez:
- Quá, quá, quá...É bom sentir a Alegria de ser como somos...



Texto: "A GALINHA E O OVO DE PÁSCOA"


A GALINHA E O OVO DE PÁSCOA
Autora: Eliana Sá
Coleção: DO-RÉ-MI-FÁ
Editora: SCIPIONE
Ilutrador: Roberto Caldas
Faixa etária: a partir de 7 anos


A GALINHA E O OVO DE PÁSCOA


- Que dia gostoso de sol quentinho – D. Galinha até pensou

– Hoje está bom para dar um passeio!!!
Empurrou o portão do galinheiro com o bico, e saiu para dar uma voltinha.
Cisca daqui, cisca dali... dona galinha deu de cara com uma coisa brilhante, muito estranha. Parecia um ovo! O ovo mais bonito que ela já vira em toda a sua vida...
- Que ovo mais enfeitado! Só pode ser um ovo de Pavão!!!

Na verdade D. Galinha não sabia que era domingo de Páscoa.

E que alguém, havia deixado cair um ovo de chocolate no quintal.

Ainda muito desconfiada D. Galinha tocou, escutou, cheirou o ovo e, criou coragem:
- Vou levar esse pobre enjeitado para casa.
E lá se foi D. Galinha com o ovo pelo bico toda contente. Colocou-o num canto escondido do galinheiro e começou a pensar:
- Como vou chocá-lo???
A essa altura todo o galinheiro já comentava a história.

O Sr. Papagaio que havia enxergado tudo lá do seeu poleiro,

dava a notícia aos quatro cantos do terreiro:
- Alô??? Atenção para uma notícia chocante: ENCONTRADO UM OVO ENFEITADO COM LAÇO DE FITA AMARELA, FILHO DE PAIS DESCONHECIDOS. MAIS INFORMAÇÕES COM D. GALINHA, NO FUNDO DO QUINTAL!!!E foi aquele corre, corre... Todos queriam ver o tal ovo. Ele era mesmo bonito, diferente mas, meio esquisito. D. Galinha que tinha achado o ovo dizia ser direito seu chocá-lo, mas D. Perua, d. Galinha d’Angola, D. Pata, D. Gansa também queriam chocá-lo.
Pronto!!! A confusão estava armada!!! Deixar que outra tivesse a glória de chocar o lindo ovo??? Nem pensar!!! D. Galinha queria para si, todas as honras.
- Se quiser comadre – disse D. Gansa - eu posso chocá-lo.
- Eu também, estou quase sem serviço em casa – retrucou D. Perua.
- Eu ajudo!!!
- Eu quero!!!
- Eu preciso!!!
- Calma, calma...senhoras. Não se incomodem, porque eu mesma vou chocar esse ovo.

Quero ter o prazer de ver o lindo bebê que sairá de dentro dele.
As comadres cansaram de tanto insistir mas, ainda esperaram algum tempo pra ver se ao menos teriam alguma chance de trocar com D. Galinha a vez de chocar o ovo.

Que nada!!! Não tiveram essa chance! D. Galinha, mais do que depressa, se colocou emcima do ovo. Ajeitou-se, abriu as asas para deixa-lo bem quentinho.
O tempo foi passando, o calorzinho aumentando e nem sinal do bebê.

Às vezes as comadres apareciam para saber notícias do ovo e, para dar palpites:
- Como é Comadre, já nasceu? – perguntou D. Carijó.
- Senta mais pra frente Comadre, uma pontinha do ovo está de fora...

Falou D. Galinha d’Angola.
- Abra mais as asas, quem sabe adianta – exclamou D. Pavoa.
- Levante um pouco para descansar – disse D. Gansa.
De repente... D. Galinha sentiu algo se mexer debaixo dela...
- É claro!!! Só podia ser o bebezinho finalmente!!!
Saiu de lado e, olhou para baixo de si:
- Não entendo... ao invés de quebrar, o ovo encolheu!!!
Do ninho ao lado, a D. Pata gritou:
- Comadre, Comadre. Desista... isso não dar certo!
D. Galinha pensou, pensou e... para não dar o braço a torcer, saiu devagar e sem jeito de cima do ovo. Resolvida a esconde-lo das amigas, carregou-o até a cerca e colocou-o emcima de uma pilha de adubos.
- Já que eu não consigo, ninguém mais toca no meu ovo. Amanhã quem sabe, tento denovo.
Voltou para o seu ninho e recomeçou a chocar os seus próprios ovinhos, esquecidos até agora.
- Com o tempo que perdi, teria chocado uma porção!!!
Assim, sempre disfarçando, D. Galinha deixou o tempo passar e, não contou pra ninguém que, desistira do lindo ovo.
O dia continuou quase igual a todos os outros.

À tardinha como de costume, Pedro apareceu para recolher os ovos dos ninhos espalhados pelo quintal. Naquele dia Pedro demorou mais...
Fuça daqui, fuça dali... Todo o galinheiro acompanhava com os olhos:
- O que será que ele procurava???
As aves começaram a desconfiar.
Muito espertos, D. Galinha d’Angola e o Sr. Papagaio já tinham descoberto tudo!!!

E então, começaram a dar pistas pra Pedro:
- Tá fraco, Tá fraco – gritava D. Galinha d' Angola quando ele estava longe da

cerca.
- Ta forte, ta forte, ta forte!!! – ajudava o Sr. Papagaio quando Pedro se aproximava dos sacos de adubo.
De repente...
- Mãe, mãe... Achei, achei!!! - Pedro gritou feliz e correndo em direção a casa,

carregando na mão o ovo colorido e enfeitado – Mãe, achei o ovo que o Coelhinho da Páscoa escondeu pra mim, só que tá meio murcho!!!
- Coelho??? Páscoa??? Mas... Coelhos não botam ovos!!! D. Galinha entendeu tudo, tudo!!!

Como evitar que todos soubessem o que realmente havia acontecido?

Mas agora era tarde, pois o galinheiro em peso olhavam fixo pra ela.

D. Galinha tonta de vexame e vermelha que nem tomate apenas conseguiu falar:
- Só mesmo uma boba como eu, para chocar ovo de chocolate!!!


Texto: "O coelhinho que não era de Páscoa"



O coelhinho que não era de Páscoa
Ruth Rocha


Vivinho era um coelhinho. Branco, redondo, fofinho.
Todos os dias Vivinho ia à escola com seus irmãos.
Aprendia a pular, aprendia a correr...
Aprendia qual a melhor couve para se comer.

Os coelhinhos foram crescendo,

chegou a hora de escolherem uma profissão.

Os irmãos de vivinho já tinham resolvido:
- Eu vou ser coelho de Páscoa como meu pai.
- Eu vou ser coelho de Páscoa, como o meu avô.
- Eu vou ser coelho de Páscoa como meu bisavô.
E todos queriam ser coelhos de Páscoa,

como o trisavô, o tataravô, como todos os avôs.
Só Vivinho não dizia nada.

Os pais perguntavam, os irmãos indagavam:
- E você Vivinho, e você?
- Bom – dizia Vivinho – eu não sei o que quero ser.
Mas sei o que não quero: Ser coelho de Páscoa.

O pai de Vivinho se espantou, a mãe se escandalizou e desmaiou:
- OOOOOHHHHH!!!

Vivinho arranjou uma porção de amigos:
O beija-flor Florindo, Julieta a borboleta, e a abelha Melinda.

- Onde é que já se viu coelho brincar com abelha?
- Os irmãos de Vivinho diziam.
Os pais de Vivinho se aborreciam:
- Um coelho tem que ter uma profissão.
Onde é que nós vamos parar com essa vadiação?

- Não se preocupem – Vivinho dizia

– estou aprendendo uma ótima profissão.
- Só se ele está aprendendo a voar – os pais de Vivinho diziam.
- Só se ele está aprendendo a zumbir – os irmãos de Vivinho caçoavam.

Vivinho sorria e saía, pula, pulando

para se encontrar com seus amigos.
O tempo passou. A Páscoa estava chegando.
Papai e Mamãe Coelho foram comprar os ovos para distribuir.
Mas as fábricas tinham muitas encomendas.

Não tinham mais ovinhos para vender.

Em todo lugar a resposta era a mesma:
- Tudo vendido. Não temos mais nada...
O casal Coelho foi a tudo que foi fabrica da floresta.
Do seu Antão, do seu João, do seu Simão, do seu Veloso, do seu Matoso,
do seu Cardoso, do seu Tônio, do seu Petrônio, seu Sinfrônio.
Mas a resposta era sempre a mesma:
- Tudo vendido seu Coelho, tudo vendido...

Os dois voltaram pra casa desanimados.
- Ora essa. Isso nunca aconteceu...
- Não podemos despontar as crianças...
- Mas nós já fomos a todas as fábricas. Não tem jeito, não...

Os irmãos do coelhinho estavam tristes:
- Nossa primeira distribuição... Ai que tristeza no coração!...

Vivinho vinha chegando com Melinda.
- Por que não fazemos os ovos nós mesmos?
- É que nós não sabemos.

Coelho de Páscoa sabe distribuir ovos. Não sabe fazer!

- Pois eu sei – disse Vivinho- Eu sei.
- Será que ele sabe? – disse o Pai?
- Ele disse que sabe – disseram os irmãos.
- Ele sabe, ele sabe – disse a mãe.
- E como você aprendeu? – perguntaram todos.
- Com meus amigos. Eu não disse que estava aprendendo uma profissão?
Pois eu aprendi a tirar o pólen das flores com Julieta e Florindo.
E Melinda é a maior doceira do mundo. Me ensinou a fazer tudo o que é doce...

A casa da família Coelho virou uma verdadeira fábrica.
Todos ajudavam: Papai Coelho, Mamãe Coelha e os coelhinhos...
e os amiguinhos também:florindo o beija-flor, a borboleta Julieta e

a abelha Melinda, a maior doceira do mundo.
E era Vivinho quem comandava o trabalho.
E quando a Páscoa chegou, estavam todos preparados.
As cestas de ovos estavam prontas.

E os pais de Vivinho estavam contentes.
A mãe de vivinho disse:
- Agora, nosso filho tem uma profissão.
E o pai de Vivinho falou:
- Cada deve seguir a sua vocação...
 
TEXTO: A menina do vestido azul

Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Acontece que essa menina freqüentava as aulas da escolinha local no mais lamentável estado: suas roupas eram tão velhas que seu professor resolveu dar-lhe um vestido novo.
Assim raciocinou o humilde mestre:
- É uma pena que uma aluna tão encantadora venha às aulas desarrumada desse jeito. Talvez, com algum sacrifício, eu pudesse comprar para ela um vestido azul.
Quando a garota ganhou a roupa nova, sua mãe sentiu que era pena se, com aquele vestido tão bonito, a filha continuasse a ir ao colégio suja como sempre, e começou a dar-lhe banho todos os dias, antes das aulas. Ao fim de uma semana, disse o pai:
- Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha”, sendo tão bonita e bem arrumada, more num lugar como este, caindo aos pedaços. Que tal você ajeitar um pouco a casa, enquanto eu, nas horas vagas, vou dando uma pintura nas paredes, consertando a cerca, plantando
um jardim? - E assim fez o pobre casal.
Até que sua casa ficou muito mais bonita que todas as casas da rua e os vizinhos se envergonharam e se puseram também a reformar suas residências.
Desse modo, todo o bairro melhorava a olhos vistos, quando por isso passou um religioso que, bem impressionado, disse:
- É lamentável que gente tão esforçada não receba nenhuma ajuda do governo. - E dali saiu para ir falar com o prefeito, que o autorizou a
organizar uma comissão para estudar que melhoramentos eram necessários ao bairro.
Dessa primeira comissão surgiram muitas outras e hoje, por todo o país, elas ajudaram os bairros pobres a se reconstruírem.
E pensar que tudo começou com um vestido azul. Não era intenção daquele professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse os bairros abandonados de todo o país.
Mas ele fez o que podia, ele deu a sua parte, ele fez o primeiro movimento, do qual se desencadeou toda aquela transformação.

TEXTO: O PONTO

O PONTO
Uma professora se aproxima da aluna emburrada, que não quer desenhar na aula de educação artística. A folha em branco.
- Olha, que belo urso branco numa tempestade de neve! - exclama a professora.
A menina se aborrece, diz que não sabe desenhar... Conversam um pouco.
A professora lhe diz que pode fazer uma marca e depois ver no que vai dar.
A menina pega uma caneta e dá uma estocada firme no papel.
- Um ponto. “Pronto!” - diz a menina, desafiadora - Só um ponto.
A professora observa de perto e pede calmamente:
-Agora assine.
- Escrever meu nome eu sei! - ela responde.
Mais tarde, a aluna vê o seu desenho do ponto emoldurado e pendurado na parede da sala, em lugar de destaque.
Perplexa, descobre que pode fazer um ponto muito melhor do que aquele...
Na exposição escolar de final de ano, vários trabalhos seus são elogiados.
Ela fez um ponto amarelo, um ponto verde, um ponto azul, depois uma tela com vários pontos de várias cores, fez um ponto grande e multicolorido, a escultura de um ponto, o ponto segundo as mais diversas técnicas.
Aproxima-se da menina um colega.
Ele vem parabenizá-la, e se lamenta por ser um zero à esquerda em desenho e pintura.
- Não consigo fazer sequer uma linha reta, mesmo com a ajuda da régua.
A menina lhe diz:
- Aposto que sabe, faça uma linha e vamos ver no que vai dar.
O menino faz ali mesmo, numa folha de caderno, a tal linha não-reta. Ele a mostra. De fato, não passa de um rabisco. A menina observa com atenção, e lhe diz com um sorriso:
- Por favor... agora assine.

Autor: PETER H. REYNOLDS


Texto: "Choco encontra uma MÃE"




Choco encontra uma Mãe
Keio Kasza

Choco era um pássaro muito pequeno que vivia sozinho.
Tinha muita vontade de encontrar uma mamãe, mas... quem poderia ser?
Um dia, resolveu ir à procura de uma. Primeiro, encontrou a D. Girafa.
- Senhora Girafa, você é amarela como eu! Você é minha mãe?
- Sinto muito – suspirou a senhora Girafa- mas não tenho asas como você.
Mais tarde, Choco encontrou a Senhora Pingüim.
– Senhora Pingüim, a senhora tem asas como eu! A senhora é minha mãe?
- Sinto muito – suspirou a senhora Pingüim – mas, minhas bochechas não são grandes e redondas como as suas.
Então, Choco encontrou a senhora Foca.
- Senhora Foca! Exclamou – as suas bochechas são grandes e redondas como as minhas. Você é minha mãe?
- Olhe! – Grulhou a senhora Foca – Meus pés não têm listras como os seus, portanto... Não me incomode!
Choco buscou por todas as partes...
Viu a mamãe Elefanta, a mamãe Girafa, a mamãe Pingüim, a mamãe Onça, a mamãe Macaca, a mamãe Leoa, a mamãe Foca, a mamãe Raposa...
Porém, não conseguiu encontrar uma mãe que fosse parecida com ele.
Quando Choco viu a Senhora Urso colhendo maçãs, soube que ela não podia ser sua mãe. Não existia nenhuma semelhança entre ele e a senhora Ursa.
Choco se sentiu tão triste que começou a chorar:
- Mamãe, mamãe! Preciso de uma mãe!
A senhora Urso aproximou-se correndo para ver o que estava acontecendo. Depois de ter ouvido a história de choco, suspirou;
- Como você reconheceria a sua mãe?
- Ah! Sei que ela me abraçaria – disse choco entre soluços.
- Assim? - Perguntou à senhora Urso. E o abraçou com muita força.
- Sim... E com certeza, ela também me beijaria – disse Choco.
- Assim? Perguntou à senhora Urso e, levantando-o, deu-lhe um beijo muito comprido.
- Sim, e ela me cantaria uma canção que me alegraria o dia.
- Assim? Perguntou à senhora Urso. E então cantaram e dançaram.
Depois de descansar um pouco, a senhora Urso disse a Choco:
- Choco - disse a senhora Urso - Talvez eu possa ser sua mãe.
- Você? Perguntou Choco.
- Mas... Você não é amarela, não tem asas, nem bochechas grandes e redondas.
Seus pés não são listrados como os meus!
- Minha nossa! Disse a senhora Urso - Imagino o quanto ficaria engraçada! Choco também achou que ela ficaria muito engraçada.
-Bom – disse a senhora Urso- Os meus filhos estão me esperando em casa, vamos comer um pedaço de torta de maçã. Você quer vir?
Choco adorou a idéia de comer torta de maçã.
Logo que chegaram, os filhos da senhora Urso saíram para recebê-los.
- Choco, te apresento a Hipo (hipopótamo), a Coco (crocodilo) e o Porqui (porco).
Eu sou mãe deles.
 
 

BRUXA, BRUXA VENHA A MINHA FESTA

BRUXA, BRUXA VENHA A MINHA FESTA
(Arden Druce)

_ Bruxa, Bruxa, por favor, venha a minha festa.
_ Obrigada, irei sim, se você convidar o Gato.
_ Gato, Gato, por favor, venha a minha festa.
_ Obrigado, irei sim, se você convidar o Espantalho.
_ Espantalho, Espantalho, por favor, venha a minha festa.
_ Obrigado, irei sim, se você convidar a Coruja.
_ Coruja, Coruja, por favor, venha a minha festa.
_ Obrigada, irei sim, se você convidar a Árvore.
_ Árvore, Árvore, por favor, venha a minha festa.
_ Obrigada, irei sim, se você convidar o Duende.
_ Duende, Duende, por favor, venha a minha festa.
_ Obrigado, irei sim, se você convidar o Dragão.
_ Dragão, Dragão, por favor, venha a minha festa.
_ Obrigado, irei sim, se você convidar o Pirata.
_ Pirata, Pirata, por favor, venha a minha festa.
_ Obrigado, irei sim, se você convidar o Tubarão.
_ Tubarão, Tubarão, por favor, venha a minha festa.
_ Obrigado, irei sim, se você convidar a Cobra.
_ Cobra, Cobra, por favor, venha a minha festa.
_ Obrigada, irei sim, se você convidar o Unicórnio.
_ Unicórnio, Unicórnio, por favor, venha a minha festa.
_ Obrigado, irei sim, se você convidar o Fantasma.
_ Fantasma, Fantasma, por favor, venha a minha festa.
_ Obrigado, irei sim, se você convidar o Babuíno.
_ Babuíno, Babuíno, por favor, venha a minha festa.
_ Obrigado, irei sim, se você convidar o Lobo.
_ Lobo, Lobo, por favor, venha a minha festa.
_ Obrigado, irei sim, se você convidar a Chapeuzinho Vermelho.
_ Chapeuzinho Vermelho, Chapeuzinho Vermelho, por favor, venha a minha festa.
_ Obrigada, irei sim, se você convidar as Crianças.
_ Crianças, Crianças, por favor, venham a minha festa.
_ Obrigado, iremos sim, se você convidar a Bruxa.
 

"História ACUMULATIVA"

HIST. ACUMULATIVA
Rita Foelker

Pra começar, era
uma pena em minha mão...

Ou, antes:
Pra começar, era
um passarinho que perdeu
uma pena em minha mão...

Quer dizer:
Pra começar, era
um ninho onde morava
um passarinho que perdeu
uma pena em minha mão

Um galho onde ficava
um ninho onde morava
um passarinho que perdeu
uma pena em minha mão...

A árvore onde brotou
um galho onde ficava
um ninho onde morava
um passarinho que perdeu
uma pena em minha mão.

A semente que virou
a árvore onde brotou
um galho onde ficava
um ninho onde morava
um passarinho que perdeu
uma pena em minha mão.

O homem que plantou
a semente que virou
a árvore onde brotou
um galho onde ficava
um ninho onde morava
um passarinho que perdeu
uma pena em minha mão.

Bom...
Pra começar, era
a terra onde cresceu
o homem que plantou
a semente que virou
a árvore onde brotou
o galho onde ficava
o ninho onde morava
o passarinho que perdeu
uma pena em minha mão.

A água que molhou
a terra onde cresceu
o homem que plantou
a semente que virou
a árvore onde brotou
o galho onde ficava
o ninho onde morava
o passarinho que perdeu
uma pena em minha mão.

A nuvem que choveu
a água que molhou
a terra onde cresceu
o homem que plantou
a semente que virou
a árvore onde brotou
o galho onde ficava
o ninho onde morava
o passarinho que perdeu
uma pena em minha mão.

O céu onde passava
a nuvem que choveu
a água que molhou
a terra onde cresceu
o homem que plantou
a semente que virou
a árvore onde brotou
o galho onde ficava
o ninho onde morava
o passarinho que perdeu
uma pena em minha mão.

O Sol que clareava
o céu onde passava
a nuvem que choveu
a água que molhou
a terra onde cresceu
o homem que plantou
a semente que virou
a árvore onde brotou
o galho onde ficava
o ninho onde morava
o passarinho que perdeu
uma pena em minha mão.

O Universo que continha
o Sol que clareava
o céu em que passava
a nuvem que choveu
a água que molhou
a terra onde cresceu
o homem que plantou
a semente que virou
a árvore onde brotou
o galho onde ficava
o ninho onde morava
o passarinho que perdeu
uma pena em minha mão.

Olha:
pra começar,
começar mesmo, era
DEUS! 

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