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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

ATIVIDADES DO PROJETO MARGARIDA FRIORENTA

 MURAL DA HISTÓRIA
 CONFECÇÃO DA MARGARIDA, DA BORBOLETA E DO CACHORRINHO MOLEQUE COM A TÉCNICA DO JORNAL E BALÃO

 TRILHA DA MARGARIDA FRIORENTA

 CACHORRO MOLEQUE
 MARGARIDA FRIORENTA E A BORBOLETA AZUL
 BONECAS DA ANA MARIA QUE FORAM CONFECCIONADAS USANDO TNT, EVA E JORNAL

MÓBILES DE GATINHOS

FICARAM LINDOS PERTO DA MINHA JANELA, QUANDO BATE O VENTO ELES FICAM GIRANDO

















ATIVIDADES DO PROJETO MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA


MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA
FIZ O MOLDE E MINHA AMIGA NERILDA COSTUROU
 O COELHINHO DA HISTÓRIA QUEM ME AJUDOU A COSTURAR FOI MINHA AMIGA ELIZABETH
 BONECAS DA MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA FEITAS PELOS MEUS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA COM RETALHOS E NÓS




 O COELHO BRANCO FOI CONFECCIONADO COM A AJUDA DE TODOS OS ALUNOS DA SRM DA EPC LEONEL DE MOURA BRIZOLA



Mensagem para Reunião com os Pais

Pais querem Paz em casa;
filhos querem os Pais!
Ter filhos exige tempo, dedicação, investimento, paciência esforço. E a falta de tempo para estar com os filhos preocupa muitas mães e pais. Uma delas escreveu perguntando como demonstrar interesse pelas atividades dos filhos se trabalha o dia todo e, quando chega em casa, eles já estão se preparando para dormir, o que não permite que tenha, portanto, a chance de participar das brincadeiras deles e de acompanhar as descobertas que eles fazem.  
É, parece que a cada ano que passa temos menos tempo para a família. Em geral, o trabalho dos pais tem exigido dedicação intensa e, além disso, ainda há o trânsito a enfrentar, a casa para administrar, as compras para fazer, a tensão e o cansaço que chegam quase ao limite do suportável. Será que é preciso ser assim mesmo? Creio que pode ser diferente, caso os pais priorizem certos períodos de seu tempo para a convivência com o filho.  
Quem é que já tentou falar com determinada pessoa no horário de trabalho e não teve de ligar em outro momento porque ela estava em uma reunião ou fazendo alguma atividade que não permitia interrupção? Quase todo mundo. Mas quem já teve de esperar para tratar de um assunto com alguém porque a pessoa estava se dedicando aos filhos? Pouca gente.  
Ouvi um pai dizer, certa vez, comentando justamente o que lhe acontecia quando chegava em casa à noite, depois do trabalho, que, nessa hora, tudo o que os filhos queriam eram os pais. Pois é, isso nos faz pensar que, talvez, a falta de tempo para os filhos seja resultado não apenas do acúmulo de tarefas mas também de falta de prioridade.  
Todo mundo já ouviu dizer que, para o filho, importa muito mais a qualidade do tempo que seus pais dedicavam a ele do que a quantidade do tempo que seus pais dedicam. É verdade: 15 minutos de convivência com o filho são muito mais importantes tanto para a educação quanto para o afeto do que meio dia juntos sem o foco estar dirigido ao relacionamento entre eles. O problema, hoje, é que esses 15 minutos não têm recebido a atenção necessária dos pais.  
Quantas vezes, no pouco tempo que passam com os filhos, os pais escutam o que eles falam sem ouvir, respondendo-lhes apenas com um "hã, hã"? Quantas vezes, nesses 15 minutos, os pais se dirigem ao filho sem ao menos olhar para o rosto dele? Quantas vezes, nesses 15 minutos, os pais não atendem mil telefonemas, muitas vezes para falar de trabalho?  
E mais: muitos pais abrem mão de colocarem limites e de serem firmes com as regras estabelecidas para os filhos nesse período de 15 minutos porque acreditam que essa atitude prejudica a qualidade do pouco tempo que passam com eles. Ao contrário! Já que os pais têm pouco tempo, precisam aproveitá-lo para dirigir o processo educativo dos filhos. Não é se passando por "bonzinho" que se constrói um tempo de qualidade com o filho!  
E no fim de semana? Será que os pais se lembram de dedicar pelo menos uma parte do tempo que têm disponível para acompanhar o filho em atividades do interesse dele? E, ao ver televisão ou na hora do jantar, por exemplo, dirigem-se a ele e buscam seus comentários? Ao conversar a respeito da escola e dos estudos, lembram-se de reconhecer os avanços que ele conseguiu, de fazer perguntas específicas que demonstrem estar a par dos acontecimentos?  
Esses são apenas alguns exemplos que mostram o quanto podem passar despercebidos dos pais momentos que poderiam ser dedicados à convivência com os filhos, mas que ficam perdidos por causa do cansaço, do estresse, das atividades múltiplas que os pais têm de realizar. Seria bom aprender a respeitar esses 15 minutos.
                                                                Rosely Sayão

INCLUSÃO ESCOLAR: MODOS DIFERENTES DE OLHAR


PERCURSO HISTÓRICO: DA SEGREGAÇÃO À INCLUSÃO


A deficiência como fenômeno humano individual e social é determinada em parte pelas representações socioculturais de cada comunidade, em diferentes gerações, e pelo nível de desenvolvimento científico, político, ético e econômico dessa sociedade.
As raízes históricas e culturais do fenômeno deficiência sempre foram marcadas por forte rejeição, discriminação e preconceito. A literatura da Roma Antiga relata que as crianças com deficiência, nascidas até o princípio da era cristã, eram afogadas por serem consideradas anormais e débeis. Na Grécia antiga, Platão relata no seu livro A república que as crianças mal constituídas ou deficientes eram sacrificadas ou escondidas pelo poder público.
A Idade Média conviveu com grandes contradições e ambivalência em relação às atitudes e sentimentos frente à deficiência. Os deficientes mentais, os loucos e criminosos eram considerados, muitas vezes, possuídos pelo demônio, por isso eram excluídos da sociedade. Aos cegos e surdos eram atribuídos dons e poderes sobrenaturais. No pensamento dos filósofos cristãos, a crença também oscilava entre culpa e expiação de pecados e, finalmente, com Santo Tomás de Aquino, a deficiência passa a ser considerada como um fenômeno natural da espécie humana.
Essas contradições geravam ambivalência de sentimentos e atitudes que iam da rejeição extrema, passando por piedade e comiseração e até a superproteção, fazendo com que surgissem assim as ações de cunho social, religioso e caritativo de proteção e cuidados como: hospitais, prisões e abrigos.
No Renascimento, com o surgimento das ciências, as concepções racionais começavam a buscar explicações para as causas das deficiências, que foram consideradas do ponto de vista médico como doenças de caráter hereditário, males físicos ou mentais.
Historicamente, a educação de pessoas com deficiência nasceu de forma solitária, segregada e excludente. Ela surgiu com caráter assistencialista e terapêutico pela preocupação de religiosos e filantropos na Europa. Mais tarde, nos Estados Unidos e Canadá, surgiram os primeiros programas para prover atenção e cuidados básicos de saúde, alimentação, moradia e educação dessa parcela da população, até então marginalizada e abandonada pela sociedade.
As primeiras iniciativas para a educação de pessoas com deficiências surgiram na França em 1620, com a tentativa de Jean Paul Bonet de ensinar mudos a falar. Foram fundadas em Paris as primeiras instituições especializadas na educação de pessoas com deficiências: a educação de surdos com o abade Charles M. Eppé, que criou o Método dos Sinais para a comunicação com surdos. O Instituto Real dos Jovens Cegos, em Paris, fundada por Valetin Hauy, em 1784, destinava-se a leitura tátil pelo sistema de letras em relevo. Mais tarde, em 1834, Louis Braille criou o sistema de leitura e escrita por caracteres em relevo, denominado sistema braile, abrindo perspectivas de comunicação, educação e independência para as pessoas cegas.
As primeiras iniciativas para educação de pessoas com deficiência mental foram do médico Francês Jean Marc Itard, no século XIX, que sistematizou um método de ensino inspirado na experiência do menino selvagem de Ayeron (sul da França), que consistia na repetição de experiências positivas. A primeira instituição pública para educação de crianças com deficiência mental foi residencial, fundada pelo médico francês Edward Seguin, que criou um método
educacional originado da neurofisiologia que consistia na utilização de recursos didáticos com cores e música para despertar a motivação e o interesse dessas crianças.
No Brasil, a primeira escola especial foi criada em 1854, o Imperial Instituto de Meninos Cegos, no Rio de Janeiro e, em 1857, o Instituto Imperial de Educação de Surdos, também no Rio de Janeiro. Sob influência européia, eles propagaram o modelo de escola residencial para todo o País.
Na segunda metade do século XIX e início do século vinte, as escolas especiais proliferaram por toda Europa e Estados Unidos. A educação especial surgiu sob o enfoque médico e clínico, com o método de ensino para crianças com deficiência mental, criado pela médica italiana Maria Montessori, no início do século XX. O método Montessori, inspirado na rotina diária e na ação funcional, fundamenta-se na estimulação sensório-perceptiva e auto-aprendizagem. Emprega rico e variado material didático como: blocos, cubos e barras em madeira, objetos variados e coloridos, material de encaixe e seriação, letras grandes em lixa e outros. O método Montessori foi mundialmente difundido e até hoje é utilizado, inclusive no Brasil, na educação pré-escolar de crianças sem qualquer deficiência.
Já em meados do século XX surgem as associações de pais de pessoas com deficiência física e mental na Europa e Estado Unidos. No Brasil, são criadas a Pestalozzi e as APAES, destinadas à implantação de programas de reabilitação e educação especial.
Em decorrência do avanço científico, as causas e origem das deficiências foram investigadas e esclarecidas na segunda metade do século XX, rompendo assim com a visão mítica e maniqueísta entre o bem e o mal. Embora esses avanços tenham colaborado para a compreensão da deficiência como condição humana e expressão da diversidade entre os homens e natureza, os preconceitos continuam fortes - eles oscilam entre a patologização ora inerente ao indivíduo, ora ao ambiente. Assim, a idade contemporânea é marcada pelo paradigma da cientificidade, do psicologismo, da valorização dos testes quantitativos, do treinamento sensorial e motor.
A Declaração dos Direitos Humanos (1948) vem assegurar o direito de todos à educação pública, gratuita. Essas idéias, reforçadas pelo movimento mundial de integração de pessoas com deficiência, defendiam oportunidades educacionais e sociais iguais para todos, contribuindo fortemente para a criação dos serviços de educação especial e classes especiais em escolas públicas no Brasil. Surge, dessa forma, uma a política nacional de educação, ancorada na Lei Nº 4.024/61 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB), com a recomendação de integrar, no sistema geral de ensino, a educação de excepcionais, como eram chamadas na época as pessoas com
deficiências.
A política educacional brasileira na década de 80 teve como meta a democratização mediante a expansão do ensino com oportunidade de acesso das minorias à escola pública. A educação de crianças com deficiências na escola comum ganhou força com o movimento nacional de defesa dos direitos das pessoas com deficiências, que pregava a passagem do modelo educacional segregado para integração de pessoas com deficiências na escola, no trabalho e na comunidade, tendo em vista a igualdade e justiça social.
Por meio desse mecanismo democrático, fundado na política de descentralização das ações, são criados os conselhos estaduais, municipais e associações de defesa dos direitos, integrando representantes dos diferentes setores: saúde, educação, justiça e ação social, trabalho, transportes e comunidade, tendo em vista a formulação de política integrada de desenvolvimento humano.
No âmbito da educação infantil e especial, a democratização do ensino traz consigo o conceito de educação como direito social, passando do modelo médico do cuidar, do clínico e terapêutico para a abordagem social e cultural que valoriza a diversidade como forma de aprendizagem, de fortalecimento e modificação do ambiente escolar e da comunidade para a promoção da aprendizagem. Nesse enfoque sociológico, o meio, o ambiente inadequado e a falta de condições materiais são também fatores produtores de limitação e determinantes do fracasso escolar.
Na esfera política e da descentralização do poder, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, recomendam a colaboração entre a União, Estados e Municípios para que seja efetivamente exercitado no País o debate de idéias e o processo de decisões acerca de como devem se estruturar os sistemas educacionais e quais procedimentos de controle social serão desenvolvidos (BRASIL, 2001a).
Embora haja avanços na esfera conceitual, as representações míticas, os preconceitos e estereótipos acerca das pessoas com deficiência construídos culturalmente determinam e expressam nossas atitudes e ações consciente ou inconscientemente no contexto familiar, escolar ou comunitário. Essas barreiras atitudinais são, por vezes, evidenciadas pelos mecanismos de negação das possibilidades dessas pessoas, fortemente firmados no conceito de limitação e incapacidade, manifestos pelo assistencialismo e paternalismo ainda vigentes em nosso meio. Esse é o grande desafio que a educação inclusiva se propõe a romper...

Fonte: BRUNO, Marilda Moraes Garcia. Saberes e Práticas da Inclusão na Educação Infantil : introdução. Brasília: MEC/SEESP, 2006.

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