Certa vez. . . há muitos anos,
num espaçoso terreiro, onde viviam diversas aves, dona patinha muito simpática
estava chocando a sua ninhada.
Um dia começaram a quebrar.
. .crac! crac!
Uma a um, os patinhos iam
saindo. . .
Mas, que pena!
Ainda faltava um, que nem
sequer havia picado o ovo.
Lá foi dona patinha,
novamente para o choco.
E dona pata, voltou ao seu ninho.
Que fazer, a espera de mais um
filho, que custava pra nascer.
De repente, partiu-se o ovo!
Mas que patinho feio!!!!
Senhor pato, muito curioso, foi ver a
sua ninhada!
Que surpresa!
Mas aquele, não fazia parte de sua ninhada. Senhor
pato, ficou muito bravo.
Passada uma semana, lá foi mamãe
pata no seu balanço natural para as
margens do lago, seguida de seus filhotes em fila.
Ela pulou na água e o mesmo fizeram
eles.
Nadaram o dia todo, em
giro pelo lago,
levantando pequenas ondas por onde
passavam.
Numa manhã ensolarada, mamãe pata
saiu com os filhotes para um passeio, quando ouviu outros patos gritarem:
- Mas como é feio aquele patinho!
E o patinho, nem bola dava. Seguia
sua mãe e irmãozinhos.
Mas, pobre patinho, nem sua mãe e
nem seus irmãozinhos queriam saber dele.
Aproximou-se do lago e, ao ver-se
refletido na água,levou um susto!
Que feiúra!
Desconsolado e triste, saiu a
procura de alguém, que pudesse ser seu amigo.
Caminhando,
encontra uma família de passarinhos e tentou fazer amigos, mas sua alegria
durou pouco.
Dona passarinha, não gostou do novo
hóspede e enxotou-o do ninho.
Sozinho, continua caminhando, quando de repente, no lago, ele avista um
enorme pássaro.
Correu e nadou até ele.
A princípio, parecia ser um bom amigo.
Brincaram bastante, quando de repente, foi atingido
pelo pato de madeira, que balançava na água.
Levou tamanho susto que foi parar atrás das folhagens.
Triste, novamente sai nadando.
O tempo ia passando e a rotina era a de sempre.
Com a chegada do outono, as folhas das árvores
começaram a ficar amareladas e foram caindo, espalhando-se pelo chão. Foi
quando olhando para o céu, viu uma revoada de cisnes brancos.
- Que lindo e como voam!
Olhem só, mas que surpresa!
O que está acontecendo!
Não acreditando, foi olhar a sua imagem refletida no
lago.
- Ora essa, que
surpresa, eu sou um cisne também!
E nesse instante, feliz e levantando o lindo e belo
pescoço, saiu nadando e cantando para junto de sua mãezinha.
Conto de Hans Christian Andersen
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